A Voz do Arqueiro é um livro tão maravilhoso que nem sei por onde começar a falar dele.
Eu estou sinceramente muito apaixonada pelo Archer. Um homem com um coração imenso, que teve uma grande perda quando criança, além de ter perdido sua voz. Isolado do mundo e passando despercebido por todos, ele é uma pessoa solitária, mas sua vida muda completamente quando ele ajuda uma linda mulher.
Bree enfrenta um grande trauma. Depois de ter perdido seu pai de forma dolorosa e traumatizante, ela só precisa de um tempo para conseguir recomeçar. Ir para uma pequena cidade e conseguir colocar sua cabeça em ordem foi a forma que ela encontrou para tentar superar. Encontrar um emprego na pequena cidade não foi difícil, mas ela não esperava conhecer e o solitário da cidade.
Em meio às suas tentativas de se tornar amiga dele, sentimentos vão nascendo e mudanças vão ocorrendo, principalmente para Archer. Porém em meio ao romance que está nascendo, o passado ainda precisa ser esclarecido e superado.
Esse é um livro incrível. Temos superação, descobertas, mudanças, romance, erotismo e grandes aprendizados.
Conhecer Archer foi maravilhoso. Ele é um homem doce, carinhoso, inseguro, charmoso, inteligente e com um coração imenso. Sozinho, ele aprendeu a conversar por sinais depois de passar anos sem realmente “conversar” com ninguém. Ele se isolou do mundo depois que perdeu seus pais e viveu com seu tio meio paranóico e muito isolado.
Hoje ele tem problemas para se socializar e ainda teme os olhares de piedade, julgamentos ou indiferença que já sofreu.
Ter alguém para conversar, alguém que demonstra realmente querer conhecê-lo foi uma enorme mudança para ele e eu achei maravilhoso ver ele demonstrando seus medos, se abrindo para alguém e mostrando toda a sua inocência. Desejei de verdade pegar ele e cuida-lo depois de tudo o que ele viveu.
Bree é uma mulher forte, apesar de que em sua mente ela acredita que é uma covarde. Ela é uma mulher traumatizada, mas que não perdeu o carisma, determinação, a bondade e apesar dos seus medos, ela continua tentando seguir em frente.
Bree é uma das poucas mocinhas que mesmo traumatizada, foi alguém que lutou por outra pessoa. Eu adorei a forma como a autora trabalhou a personagem.
É um a história linda, que aborda temas como o bullying e linguagem de sinais, algo que achei maravilhoso e até onde me lembro o primeiro livro que li com esse tema e trabalhado de forma tão explícita.
Adorei acompanhar Archer se descobrindo, ver a superação da Bree e ainda presenciar o amor deles nascendo de forma doce.
Um livro contado em primeira pessoa, com a Bree contado a maior parte, mas oferecendo pedaços do que houve com Archer e dando poucas doses do Archer atualmente.
Não fiquei fã da capa e precisa de uma revisão final, apesar de não ter erros absurdos, mas adorei a diagramação e claro, juntando com uma escrita bem fluída e gostosa, eu fiquei apaixonada por este livro.
Aqui vemos um livro que o conteúdo vale mais que a capa. Uma história linda que me faz querer chorar e sorrir só de escrever essa resenha. Eu simplesmente estou apaixonada pelo Archer, Bree é até mesmo pela Phoebe.
Vale muito a pena conhecer esta história.
Ficha Técnica
Bree Prescott quer deixar para trás seu passado de sofrimentos e precisa de um lugar para recomeçar. Quando chega à pequena Pelion, no estado do Maine, ela se encanta pela cidade e decide ficar.
Logo seu caminho se cruza com o de Archer Hale, um rapaz mudo, de olhos profundos e músculos bem definidos, que se esconde atrás de uma aparência selvagem e parece invisível para todos do lugar. Intrigada pelo jovem, Bree se empenha em romper seu mundo de silêncio para descobrir quem ele é e que mistérios esconde.
Alternando o ponto de vista dos dois personagens, Mia Sheridan fala de um amor que incendeia e transforma vidas. De um lado, a história de uma mulher presa à lembrança de uma noite terrível. Do outro, a trajetória de um homem que convive silenciosamente com uma ferida profunda.
Archer pode ser a chave para a libertação de Bree e ela, a mulher que o ajudará a encontrar a própria voz. Juntos, os dois lutam para esquecer as marcas da violência e compreender muito mais do que as palavras poderiam expressar.
Número de páginas: 336 páginas
Editora: Arqueiro
Classificação Indicativa: +18