Sabe aquela história que você está indo quase que as cegas? Isso porque de uns tempos para cá eu ando evitando de ler sinopse, simplesmente indo pela capa, e essa história foi assim pra mim, um tiro no escuro, só sabia o gênero e me guiei por ele.
Como uma boa fã de romances de época a possibilidade de que eu gostasse era quase 100%. Bom, eu gostei da história, mas não posso dizer que foi 100%, vou explicar o porquê, mas antes que tal conhecer melhor sobre?!
Em “A Queda de Lorde Drayson” vamos conhecer o Colin Cavendish o mais novo Conde de Drayson que após seu pai falecer e tomar posse de tudo decide se desfazer das terras que menos dão lucro, já que sua família não tem mais o habito de ir para lá, acreditasse que não tem ninguém então se desfazer será muito fácil. Só que ele não contava que a casa da viúva na verdade estava ocupada. Não só por uma viúva, mas por sua filha também. E isso acaba se tornando um problema do qual ele não queria ter que resolver, mas não tem opção, cabe a ele comunicar a família que terá que sair em alguns dias e nada ele poderá mais fazer por elas.
Lucy Beresford é a filha da viúva, a verdade é que depois que seu pai faleceu o antigo Conde de Drayson ofereceu a casa para que ela e sua mãe e em momento algum falou que teriam que se retirar, agora imagine a surpresa quando Lucy recebe uma visita inesperada de seu filho com a notícia de que tem que sair em no máximo duas semanas pois as terras serão vendidas? É de deixar o cabelo em pé.
Sem saber o que fazer e com sua mãe em viagem ela entra em um momento de rebeldia e ofende o Conde de tudo que pode pensar naquele momento, claro que se arrepende mas o destino dá um jeitinho para que ela tenha uma segunda chance de resolver aquele impasse. Logo após a visita do Conde ela sai e descobre um homem desmaiado na beira da estrada, o homem? Nada além do próprio Colin que sofreu m pequeno acidente e com a queda de seu cavalo perdeu a memória. E é ai que a pequena diabinha que existe dentro de Lucy toma a frente e faz com que aquele Conde desmemoriado se torne seu servo, só para dar uma lição nele, aproveitar cada momento que puder, e que Deus a ajude com as consequências.
Sabe aquela leitura que você não precisa esperar muita coisa? Um enredo mais elaborado, com diálogos mais profundos? Então e esse o tipo de livro, mas mesmo assim foi uma leitura tão gostosa, um romance de época fluido, com cenas que você morre de rir, e acompanha mesmo que superficialmente dilemas que Lucy passa internamente que acredito que seja por conta de toda sua criação. Uma personagem que é bem determinada em sempre ajudar quem ama, e que encanta quem para e conversa. Uma menina de espirito livre e mesmo tendo horas de teimosia é muito espirituosa.
Já o Colin, bom, teve momentos que eu quis esganar ele, por não ser mais explicito com Lucy, pela sua arrogância que é bastante logo no início, mas depois o amor é garantido, a autora conseguiu mostrar que mesmo sendo um homem treinado para tomar decisões difíceis tem suas inseguranças e isso pode atrapalhar e muito sua vida. Mas a construção dele a meu ver foi muito bem feita, ele definitivamente vai pensar duas vezes antes de irritar Lucy no futuro.
Me senti pela primeira vez lendo realmente um romance que provavelmente era o tipo que nossas mocinhas liam em suas épocas de 1800, apesar de estarmos acostumados a ver um Q de erotismo nos romances mesmo que de época, nesse se não gosta de cenas assim, poderá ler sem preocupação, pois não tem. O que me deixou um tanto frustrada, já que estou acostumada, mas nada que me faça não gostar da história. No geral eu recomendo muito o livro se você está em uma ressaca e quer ler algo bem leve e divertido, pois é sem sombra de dúvidas o que vai encontrar.
Ficha Técnica
Quem é ele? Um poderoso Lorde ou um humilde servo? Quando Colin Cavendish, o novo Conde de Drayson, informa a Lucy Beresford que ela e sua mãe precisam abandonar a casa que chamaram de lar nos últimos dois anos, Lucy percebe que está de mãos atadas. Elas não têm dinheiro, ninguém para pedir ajuda, e nenhum lugar para onde ir. Como o Conde ousou quebrar a promessa que seu pai fizera aos Beresford sem peso na consciência? Mas a sorte bate à porta da jovem no momento em que ela encontra o Conde ferido e inconsciente no meio da estrada. Quando ele acorda com amnésia, Lucy aproveita a oportunidade para ensiná-lo uma lição de humildade, dizendo que ele é um simples servo. Seu servo, na verdade.
Número de páginas: 226 páginas
Editora: Pausa
Classificação Indicativa: +16