Lady Killers é aquele tipo de livro que te ensina e te arrepia!
Conhecer o lado psicopata das mulheres, saber que existem desde sempre, mas que foi bem pouco explorado ao longo do tempo foi uma enorme lição, principalmente por ver o “machismo” desde sempre.
Com um trabalho investigativo incrível, o livro apresenta “biografias” de mulheres que ao longo da história assassinaram diversas pessoas, sejam homens, mulheres ou crianças. Com este livro você descobre que o método mais “comum” entre essas psicopatas é o envenenamento, porém não podemos esquecer “os espancamentos” e diversas outras formas de assassinato.
Também vemos a dificuldade de se condenarem mulheres. A cada história é uma dificuldade diferente, seja por não haver precedentes, porque a mulher é bonita, vem de uma linhagem de famílias ricas e outros motivos.
O fato da autora abordar o livro mostrando que mulheres são tão ou mais cruéis que os homens foi um ponto positivo, não porque é bom saber que as mulheres são cruéis, mas por mostrar o lado “igualitário” entre homem e mulher e apresentou o lado arrepiante das mulheres, apesar de ser perceptível o quão as pessoas não dão atenção ao lado feminino, principalmente vendo o quanto demoram para suspeitar ou até mesmo condenar uma “simples dona de casa”.
Uma das coisas que mais adorei no livro é que a autora tentou explorar não somente o lado psicopata, mas também colocar a personalidade de cada assassina. Mostrar o lado solitário, a frieza e a motivação, além de apresentar que a luxúria está sempre ligada a essas mulheres.
“Se os crimes refletem os anseios de seu tempo, então atualmente estamos na era do assassinato em massa, do terrorismo. Nossos desejos violentos ainda nos levam a desfechos violentos, mas os desfechos mudam conforme as décadas vêm e vão.”
Outro ponto que adorei neste compilado de histórias arrepiantes, é que foi colocado o contexto histórico de cada assassina, nos mostrando como era a época e como as leis funcionavam no período, o que ajudou a visualizar como essas mulheres eram e como era a época de cada uma.
Com uma edição incrível, a editora soube fazer um livro atrativo. A diagramação está linda, a capa totalmente chamativa e a revisão também está boa, o que só ajudou a devorar esse livro, principalmente para quem gosta de livros que abordam essa temática.
Um livro maravilhoso, que nos mostra como as mulheres são representadas ao longo da história. Cada capítulo tem uma informação nova e bem completa, com bom embasamento e ainda temos os “extras” no final do livro, o que só me deu mais curiosidade de conhecer mais sobre essa temática.
Ficha Técnica
Quando pensamos em assassinos em série, pensamos em homens. Mais precisamente, em homens matando mulheres inocentes, vítimas de um apetite atroz por sangue e uma vontade irrefreável de carnificina. As mulheres podem ser tão letais quanto os homens e deixar um rastro de corpos por onde passam ― então o que acontece quando as pessoas são confrontadas com uma assassina em série? Quando as ideias de “sexo frágil” se quebram e fitamos os desconcertantes olhos de uma mulher com sangue seco sob as unhas? Prepare-se para realizar mais uma investigação criminal ao lado da DarkSide® Books e sua divisão Crime Scene®. Esqueça tudo aquilo que você achava que sabia sobre assassinos letais ― perto de Mary Ann Cotton e Elizabeth Báthory, para citar apenas algumas, Jack, o Estripador ainda era um aprendiz. Inspirado na coluna homônima da escritora Tori Telfer no site Jezebel.com, Lady Killers: Assassinas em Série é um dossiê de histórias sobre assassinas em série e seus crimes ao longo dos últimos séculos, e o material perfeito para você mergulhar fundo em suas mentes. Com um texto informativo e espirituoso, a autora recapitula a vida de catorze mulheres com apetite para destruição, suas atrocidades e o legado de dor deixado por cada uma delas. As histórias são narradas através de um necessário viés feminista. Telfer dispensa explicações preguiçosas e sexistas e disseca a comple825ade da violência feminina e suas camadas. A autora também contesta os arquétipos ― vovó gentil, mãe carinhosa, dama sensual, feiticeira traiçoeira, entre outros ― e busca entender por que as mulheres foram reduzidas a definições tão superficiais. Além disso, questiona a “amnésia coletiva” a respeito dos assassinatos cometidos por mulheres. Por que falamos de Ed Kemper e não de Nannie Doss, a Vovó Sorriso, que dominou as páginas dos jornais norte-americanos em 1950 por seu carisma e piadas mórbidas (ela matou quatro maridos)? Por que continuamos lembrando apenas de H.H. Holmes quando Kate Bender recebia viajantes em sua hospedaria (e assassinava todos que ousavam flertar com ela)? A linha que divide o bem e o mal atravessa o coração de todo ser humano. Lady Killers: Assassinas em Série faz parte da coleção Crime Scene®: histórias reais, de assassinos reais, indicadas para quem tem o espírito investigador. Entre os títulos da coleção estão Casos de Família e Arquivos Serial Killers, de Ilana Casoy, e o best-seller Serial Killers: Anatomia do Mal, de Harold Schechter. O livro de Tori Telfer, ilustrado pela artista salvadorenha Jennifer Dahbura e complementado com uma rica pesquisa de imagens, se junta a estas grandes fontes de estudo para alimentar a mente dos darksiders mais curiosos. Através das páginas de Lady Killers: Assassinas em Série os leitores vão perceber que estas damas assassinas eram inteligentes, coniventes, imprudentes, egoístas e estavam dispostas a fazer o que fosse necessário para ingressar no que elas viam como uma vida melhor. Foram implacáveis e inflexíveis. Eram psicopatas e estavam prontas para dizimar suas próprias famílias. Mas elas não eram lobos. Não eram vampiros. Não eram homens. Mais uma vez, a ficha mostra: elas eram horrivelmente, essencialmente, inescapavelmente humanas.
Número de páginas: 384 páginas
Editora: DarkSide Books
Classificação Indicativa: +16