[RESENHA] Metamorfose – Franz Kafka

Já nas primeiras páginas conhecemos Gregor Samsa, um homem que leva a vida como caixeiro viajante, que de repente se transforma num inseto asqueroso.
Depois deste momento marcante, acompanhamos a jornada dele, reações e os devaneios sobre o peculiar acontecimento.
Quando nos enveredamos pela narrativa conhecemos um pouco mais a fundo a vida de Gregor, suas responsabilidades, ele sustenta os seus pais e uma irmã, leva uma vida infeliz, sendo obrigado a manter-se num emprego que odeia, só para que a sua família não passe privações.
Diante do acontecimento – ele metamorfoseado –, não consegue mais ser o provendo do sustendo e conforto da sua família, passando a ser motivo de vergonha para todos eles. Gregor é escondido, mantido longe de tudo e todos como um inseto indesejado.
Gregor nota que a sua presença na família só tinha valor quando podia oferecer algo, agora debilitado por sua condição ele passa a ser indesejado por todos.
Durante a leitura fiz inúmeras reflexões, na verdade, acho importante falar aqui que este livro foi uma releitura para mim, e devo ressaltar a qualidade evidente do texto traduzido (algo que apreciei muito), porém no geral foi maçante (talvez devido a minha visão madura, algo que mudou desde a primeira vez que li), mas sem dúvidas necessárias, principalmente quando avaliamos a seguinte questão: Qual o meu valor para os meus familiares? Se eu parar de oferecer algo, ainda me verão da mesma forma?
Questionamentos válidos para amigos e ambiente profissional.
No quesito capa, eu adorei e combinou muito com o livro. A diagramação e revisão não deixaram a desejar, algo que apreciei e tornou a leitura mais rápida para mim.
No geral, “Metamorfose” faz jus ao título de clássico importante para a história da literatura mundial. A sua narrativa toca pontos sensíveis do ser humano.