[RESENHA] Nove Minutos – Trilogia Nine Minutes #01 – Beth Flynn

Antes de iniciar a resenha deste livro, preciso alertar que ele não é uma leitura fácil.

9 Minutos aborda temas fortes e que podem apresentar “gatilhos” dolorosos e revoltantes, então já adianto que se você não curte muito histórias nessa temática, é melhor nem iniciar a leitura.
O livro começa pelo fim. Ele nos mostra tudo que aconteceu até chegar o momento de primeiro impacto na história.
Nos anos 70 somos apresentados a jovem Ginny, uma garota de 15 anos, que é muito inteligente, estudiosa, com notas excelentes, porém ela tem uma mãe e um padrasto nem um pouco convencionais. Uma garota que precisou, desde cedo, a se virar sozinha em casa. Como consequência a isso, ela se sente meio deslocada na sua vida mesmo tendo a idade que tem.
Ginny é uma boa garota e não possui muito maldade, chegando ao ponto de ser ingênua.
As coisas em sua vida mudam drasticamente quando ela aceita uma carona de um estranho, no caminho para uma loja.
Grizz é o presidente do motoclube Filhos de Satanás. Ele é enorme e muito bonito, mas também é muito furioso, respeitado e odiado por quase todo mundo e está envolvido com diversos negócios misteriosos.
Ele é um homem intenso, sua vida é repleta de infortúnio, o que acaba tornando-o complexo e misterioso e a cada ponta solta de sua vida, vamos percebendo seus motivos e quando vem à tona as causas, gera grande perplexidade.
Um homem determinado que sequestra a ingênua Ginny, principalmente por todos os sentimentos que ela desperta nele. Depois de “conseguir o que deseja”, ele acaba se revelando outra pessoa, diferente daquilo que sempre apresentou aos outros e isso vem à tona pela forma como trata Ginny, uma doçura e paixão que são direcionadas somente a ela.
Agora Ginny é Kit. A garota está mudada. Conviver com Grizz é algo diferente em sua vida e apesar de ele ser o líder de uma gangue, ele a trata de forma gentil e carinhosa, consequentemente ela desenvolve um enorme afeto por este homem.
Neste livro vamos trabalhar com uma síndrome “incomum”, mas que, depois de muito tempo e convívio, torna-se inevitável para a inocente Ginny, a Síndrome de Estocolmo.
Apesar de tudo levar a acreditar que seja realmente isso que Ginny acaba tendo, quando o livro chega ao fim, é fácil começar a questionar se é possível chegar a essa conclusão, de que ela realmente estava sofrendo de Síndrome de Estocolmo, principalmente diante de tudo que viveram.
A trama é intensa, um romance dark, mas confesso que não consegui romantizar a relação dos dois, ali vai além do amor, é quase doentio, principalmente pelo fato que tudo foi tirado dela no dia que foi sequestrada.
Sou muito fã de histórias com motoqueiros, mas essa não me atraiu muito.
Apesar disso, a trama foi muito bem escrita, não encontrei erros ortográficos, diagramação e revisão impecáveis, além de ter personagens bem construídos.
Vale lembrar que esse livro, faz parte de uma trilogia e se você gosta de um romance dark, creio que você deva ler e tirar suas próprias conclusões sobre Grizz e Ginny!