Acho que a primeira coisa que posso dizer é: Já li livros melhores da autora.
Apesar deste livro abordar temas interessantes e ser um dos mais leves da autora que já li, muitos pontos me irritaram imensamente.
A história nos apresenta Isabel. Uma mulher religiosa, criada para obedecer às crenças religiosas, com um casamento bem mais ou menos e tendo uma família totalmente religiosa fanática, ela vive “presa” em sua própria vida, porém tudo muda quando ela conhece e começa a trabalhar com Enrico.
Um homem cético, forte, determinado, trabalhador e com princípios morais importantes para si mesmo, Enrico vive uma vida de solteiro de forma “devassa”, aproveitando o que há de bom e sem se prender a ninguém. Sua vida muda quando a “pecadora” entra em sua vida de forma um tanto inusitada.
Mensagens trocadas pelo WhatsApp, foi assim que eles se aproximaram, mas isso não dura muito tempo e quando as coisas são reveladas, tudo muda completamente. A tensão entre eles é palpável e decisões precisam ser tomadas. Isabel precisa escolher se deseja manter a vida que vem levando e Enrico precisa decidir se vai se entregar a atração que sente pela esposa de seu amigo ou não.
É aqui que as coisas começam a me incomodar. Apesar de ver o quanto Isabel é “presa” as suas convicções religiosas, ela começa a trair seu marido, pede divórcio, mas não espera “concretizar” a separação para ter uma relação com Enrico. Vejo tudo isso como traição e foi o primeiro ponto que me incomodou imensamente.
Outro ponto, apesar de ser algo que precisa ser falado, ainda assim me incomodou a forma como foi abordada o fanatismo religioso. Não discordo que precisa ser abordado, mas ainda assim, mexer com religião é algo que me incomoda, porque apesar de ser explorado de uma forma que “ensina”, ainda pode “ferir” de certa forma outra pessoa.
São coisas que podem não incomodar outros, mas me incomodou. Não sou religiosa, mas não gosto de abordar temas assim por respeito, apesar de tudo.
Fora isso, ainda senti que faltou mostrar alguns “destinos” de certos personagens. Senti que ficou em aberto alguns pontos.
Além de tudo isso, temos uma capa mais ou menos. Apesar de combinar com o livro em si, senti que poderia ter sido mais trabalhada. No entanto, diagramação e revisão não deixaram a desejar e foram pontos muito positivos para mim.
Neste livro você vai encontrar erotismo, romance, fanatismo, traição e perdão. Acho que essa é aquela história que recomendo para criar a própria opinião. Há quem goste e há quem não goste. Não odiei, mas não se tornou meu favorito da vida.
Ficha Técnica
Todos nós éramos pecadores. Somente uma coisa diferenciava um pecador: as escolhas. Saber o certo e escolher seguir pelo caminho errado em vez de fazer o que era correto. Fechei os olhos. Apesar de tudo que tinha feito naquela noite, não me arrependi. Era pecado, era perdição, mas também era mais do que eu já tinha sonhado em ter. Entre a rígida criação religiosa e o desejo que sempre a consumiu, Isabel precisa se encontrar. Casada há quatro anos com Isaque, seu namorado de adolescência, a jovem sabe que a relação está longe de ser satisfatória. Mas é só quando Isaque fica amigo de Enrico, um publicitário solteiro e bem-sucedido, que a situação começa a ficar insustentável. Agnóstico, sem amarras e cheio de mulheres, Enrico é tudo o que Isabel acredita rejeitar, mas ela não consegue deixar de se sentir interessada pelas histórias que o marido conta dele. Para piorar, ela consegue um emprego na agência dele, e agora terá de passar os dias ao lado do homem que traz à tona seus sentimentos mais proibidos. Neste novo romance, Nana Pauvolih, uma das maiores autoras de romances eróticos do país, mostra que o certo nem sempre precisa ser aquilo que é imposto, e sim aquilo em que se acredita.
Número de páginas: 384 páginas
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