Punk 57 é aquele livro que me deixa irritada e apaixonada ao mesmo tempo, mas que com certeza foi uma leitura que valeu a pena.
Ryen é uma adolescente que ainda está se descobrindo. Fingindo ser alguém que não é, desejando mudar de vida e se escondendo atrás de uma máscara de menina cruel, patricinha e mimada. Líder de torcida, a única coisa que ela queria era ser aceita e não se sentir mais sozinha.
Sua única verdade é Misha, o garoto das cartas. Com ele, ela conseguia ser quem queria realmente ser, porém, as coisas começam a mudar quando um novo garoto entra na escola e Misha não responde mais suas cartas.
Misha perdeu uma pessoa importante. Em uma festa, ele conheceu a garota que foi a constante em sua vida, mas não contou a verdade a ela. Tudo mudou, ele não quer saber de mais nada a não ser de buscar algumas coisas e sumir.
Seus planos mudam depois de encontrar com Ryen, ver quem ela é na escola e começar a realmente conviver com essa garota estranha.
Um livro que trabalha temas importantes como o bullying. Adorei a forma como a autora colocou isso. Não vendo as coisas pelo ponto de vista da vítima, mas de quem pratica.
Como o livro é em primeira pessoa e intercala os pontos de vista, foi possível acompanhar as atitudes idiotas de Ryen, algo que foi bem difícil de aturar no começo, mas ver as mudanças e o amadurecimento foi no mínimo, gratificante e um dos pontos altos da história.
Misha é aquele garoto que quem olha, julgava como o garoto problemático. Porém, somente quem o conhece vê o garoto sensível e maravilhoso. Eu sinceramente me vi apaixonada por ele. Por suas atitudes, o lado fofo e o rebelde, e quando você compreende o que o levou a esconder quem era verdadeiramente e os motivos para estar naquela escola, naquela cidade e tomou aquelas atitudes, você compreende a raiva dele.
Outra coisa que adorei foi a autora ter mostrado a importância das palavras. Neste caso, temos as cartas e os “desabafos”. Ver como isso era importante para os dois foi só mais uma coisa que me fez sentir ligada aos personagens.
Eu sinceramente estou meio apaixonada por essa história.
De novo, a Penelope conseguiu cativar meu coração e trabalhar um assunto importante.
Apesar de ter o lado erótico, não é o foco do livro e sim as atitudes de cada personagem. Mesmo os “secundários” foram essenciais para que o livro fizesse sentido e deu toda uma história para se acompanhar, não algo superficial ou focado somente no romance.
A capa foi outra coisa que adorei no livro. Não precisou usar casais para ser atrativo, só precisou trazer as cores, algo significativo para a história, junto com uma boa revisão e diagramação, eu estou completamente apaixonada pelo livro.
Uma história que tem uma escrita fluída, com muito amor, aprendizado, amadurecimento, mudanças e perdão. Adorei demais conhecer a história do Misha e da Ryen.
Ficha Técnica
Autora best-seller do New York Times, Penelope Douglas, apresenta seu mais recente romance “New Adult” …
“Nós éramos perfeitos juntos. Até nos conhecermos.”
Misha
Não posso deixar de sorrir com a letra da música em sua carta. Ela sente a minha falta.
Na quinta série, minha professora organizou duplas com colegas de uma escola diferente. Pensando que eu era uma menina – por causa do meu nome – a outra professora me juntou com a sua aluna, Ryen. Minha professora – acreditando que Ryen era um garoto – concordou.
Não demorou muito para descobrirmos o erro. E, em pouco tempo, estávamos discutindo sobre tudo. A melhor pizza para viagem. Android vs. iPhone. Se Eminem é ou não o melhor rapper de todos os tempos…
E foi assim que começou. Nos sete anos seguintes, éramos só nós.
Suas cartas são sempre escritas em papel preto com caneta prateada. Às vezes, recebo uma por semana ou três em um dia, mas eu preciso delas. Ela é a única que me mantém nos eixos, me acalma e aceita quem eu sou por inteiro.
Nós só tínhamos três regras: nada de redes sociais, sem números de telefone e nenhuma fotografia. Nós tínhamos um lance bacana. Por que arruinar isso?
Até eu deparar com uma foto de uma garota, online. Com o nome de Ryen, que ama a pizza do “Gallo” e idolatra seu iPhone. Quais eram as chances?
Que se f*da. Preciso encontrá-la.
Só não imaginava que odiaria o que descobri.
Ryen
Ele não escreve há três meses. Algo não está certo. Ele morreu? Foi preso? Conhecendo Misha, nem um dos dois seria um exagero.
Sem ele por perto, estou ficando maluca. Preciso saber que alguém está me ouvindo. A culpa é minha. Devia ter pedido seu número de telefone, foto ou algo assim.
Ele podia ter sumido para sempre.
Ou poderia estar bem debaixo do meu nariz, e eu nem sequer desconfiava.
Número de páginas: 324 páginas
Editora: The Gift Box
Classificação Indicativa: +18