“Pensar o passado para compreender o presente e idealizar o futuro”.
Apesar de buscar a fundo conhecer suas origens, Hugo sempre teve uma relação conturbada com o pai. Segundo o autor, essa condição foi proposital e é um dos fios condutores da trama.
“Era isso que Olaf Seemann sempre significara para mim até aquele fatídico mês de dezembro de 2006, quando tudo mudou. Nada. Pior do que nada; eu o odiava por ter abandonado minha mãe e não ter estado presente nem no seu velório para um último adeus.”
(A Filha do Reich, página 94)
Hugo viaja à cidade de Nova Petrópolis, na Serra Gaúcha, para cuidar do funeral de Olaf que morreu aos 82 anos. O que deveria ser uma mera formalidade de despedida a um pai que nunca conhecera de verdade, torna-se uma jornada ao passado com grandes revelações. “Ele precisava descobrir quem era seu pai de verdade, qual era a história por trás daquele homem distante e aparentemente frio”, sugere.
Além do conturbado relacionamento entre eles, traição, morte, amor e milagres fazem parte dessa história cheia de suspense. É na descobertas do filho sobre o pai que está a mensagem principal da obra. “As pessoas têm motivos para ser como são, ninguém é totalmente bom, nem totalmente ruim”, contextualiza.